Medicamentos Genéricos,
Similares e de Marca
Genérico: é o medicamento
que possui o mesmo princípio ativo (substância do medicamento que
provoca sua ação terapêutica), as mesmas
características e a mesma ação terapêutica que um de
marca (nome fantasia), comprovadas pelos testes de equivalência.
Ele deve ser uma cópia fiel do de marca, inclusive na
apresentação (comprimidos, xarope, injetável, etc) e na
dosagem.
Similares: são os medicamentos que copiam os
princípios ativos dos remédios de marca, propondo-se a ter a
mesma ação terapêutica, mas que não são
cópias fiéis dos originais, podendo variar nas formas de
apresentação e de dosagem, como exemplo, temos o ácido
acetil salicílico sendo vendido sob as mais variadas
denominações e apresentações.
Existem no Brasil desde a década de 70. Normalmente os similiares
ocasionam o mesmo efeito terapêutico que os remédios de marca e
são geralmente mais baratos.
O remédio de marca e o similar devem ter na embalagem o nome do
princípio ativo e um nome fantasia.
O genérico deve ter apenas o nome do princípio ativo.
Os médicos têm total liberdade de indicar remédio de marca,
genérico ou similar; em caso de troca, apenas um farmacêutico pode
efetuá-la (não um balconista), se o médico não
expressar a frase "não autorizo a troca".
Alertamos ainda que um remédio de marca somente poderá ser
trocado por um genérico, não por um similar.
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária do
Ministério da Saúde definiu normas para o registro dos
genéricos e sua liberação no mercado, devendo seu uso
provocar uma queda nos preços dos medicamentos.
Diabete Mélito: Conhecimento e controle
Diabete Mélito é uma doença crônica, caracterizada
pela elevação do açúcar no sangue.
Não se conhece exatamente sua(s) causa(s). Podem estar envolvidos
fatores hereditários, genéticos, ambientais, imunológicos
e virais.
O Diabete pode ser dividido em 2 grandes grupos: o Diabete Mélito
insulino-dependente (DMID) ou diabete do tipo I, e o Diabete Mélito
não-insulino-dependente (DMNID) ou diabete do tipo II.
Estes 2 tipos de diabete nem sempre são facilmente reconhecíveis
em um determinado paciente.
Além destes, há outras condições caracterizadas por
intolerância ä glicose, Diabete Mélito Gestacional e
secundário a outros distúrbios (por ex., pancreatite,
indução por drogas, outros problemas endócrinos).
O Diabete Mélito insulino-dependente (DMID) é caracterizado pelo
início abrupto dos sintomas clássicos (sede, urina em excesso,
aumento do apetite e emagrecimento), tendência à
cetoacidose*¹ e dependência de insulina exógena para manter o
contrle da glicemia.
Inicia-se geralmente entre a infância e o início da idade adulta,
podendo ocorrer mais tarde em alguns casos. As causas são
multifatoriais.
O Diabete Mélito não-insulino-dependente (DMNID) é
caracterizado por início lento, com poucos sintomas, ou é
assintomático. Os sintomas são: sede e urina em excesso,
fraqueza,dor nas pernas, visão borrada, cãibras, às vezes
até perda de peso. É frequente descobrir a doença por
acaso, em exame de rotina.
Em geral ocorre após os 45 anos de idade. A obesidade está
presente em 80 a 90 % dos casos. Existe forte tendência familiar.
O tratamento inicial é a mudança no hábito alimentar e
incentivo à atividade física. O objetivo é a
manutenção do peso normal. Deve ser evitada a ingestão de
açucar, mel, refrigerantes açucarados. A quantidade de alimentos
a ser ingerida varia de acordo com a idade, sexo, peso, atividade
física. Devem ser evitadas as frituras e limitar o uso de gorduras no
preparo dos alimentos. Evitar ao máximo o consumo de álcool e de
cigarros. Quando o Diabete não é controlado somente pela dieta,
é indicado o uso de medicação hipoglicemiante por via oral
e em alguns casos, o uso da insulina é necessário.
De uma maneira geral, os pacientes diebéticos têm uma perspectiva
de vida praticamente normal. Entretanto podem surgir
complicações, relacionadas ao
comprometimento dos rins, nervos, olhos e da circulação do
coraçao e das pernas.
As complicações são influenciadas por diversos fatores
como taxa elevada de glicose, colesterol, triglicerídeos e aumento da
pressão arterial por longos períodos. Estudos recentes comprovam
que o controle rígido da glicemia e da pressão arterial reduzem
de forma importante as complicações crônicas do Diabete,
principalmente se diagnosticadas nas fases iniciais.
O tratamento deve ser contínuo e realizado por uma equipe profissional
multidisciplinar: médicos, nutricionistas, psicólogos e
professores de educação física.
Um paciente bem informado sobre sua doença, enfrenta melhor o seu dia a
dia, melhorando seu padrão de vida.
*¹distúrbio metabólico grave, causado geralmente por
insuficiência insulínica, encontrado principalmente no diabete
mélito insulino -dependente (DMID). Além dos sintomas de diabete
descompensado (emagrecimento, sede, urina em excesso) encontramos
vômitos, dores abdominais difusas, presença de cetonas na urina,
glicose elevada como características principais. Pode ocorrer choque ou
coma.
Saiba mais sobre os Triglicerídeos e como controlá-los melhor
O aumento dos triglicerídeos é um distúrbio
lipídico relativamente freqüente na prática clínica.
Na maioria dos casos, as hipertrigliceridemias são causadas por
distúrbios no metabolismo dos hidratos de carbono
(açúcares).
A hipertrigliceridemia pode ser classificada em:
- Primária - quando não apresenta fator desencadeante, ou seja,
distúrbio metabólico freqüentemente acompanhado de outras
alterações significativas como redução do HDL
(colesterol "bom") e aumento do LDL (colesterol "ruim").
- Secundária - quando decorre de outras doenças como diabete
mélito, hipotireoidismo, nefropatia crônica, alcoolismo, obesidade
e uso de medicamentos, como estrógenos e outros.
Considera-se como normal o valor de 200ml/dl.
Raramente encontramos a hipertrigliceridemia isolada sendo freqüentemente
acompanhada por aumento no colesterol total. É importante a
avaliação clínica e laboratorial para que se possa atuar
nos fatores desencadeantes, tais como:
- redução do peso corporal, - abolição do
álcool, - substituição de medicamentos.
A intervenção dietoterápica é o passo inicial no
tratamento, baseada principalmente na redução da ingestão
de carboidratos simples (mel, açúcar, geléias, bolos e
doces caldados em geral).
Devemos controlar a ingestão de carboidratos complexos, como arroz,
batata, derivados do trigo, principalmente em casos de obesidade.
Basicamente a dieta deverá ser rica em frutas, vegetais e legumes,
evitando-se os açucares, bebidas alcóolicas, gorduras saturadas
(manteiga, leite integral, queijos amarelos, pele de aves, embutidos em geral).
O ideal é que a dieta seja elaborada por um profissional nutricionista
que terá condições de orientar para um perfeito
equilíbrio calórico-proteico.
A hipertrigliceridemia é o distúrbio lipídico de mais
fácil controle por mudança nos hábitos de vida: dieta
equilibrada, aumento da atividade física (p.ex. caminhadas
diárias), restrição ao álcool.
Devemos tratar a hipertrigliciredemia para prevenir a arterioesclerose e suas
complicações
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